Vou de táxi...ou de Uber? Conheça os prós e contras dos serviços de transporte privado

Em 2016, taxistas de São Paulo protestaram contra a liberação do Uber, o famoso aplicativo de caronas, alegando falta de regulamentação apropriada, o que prejudicaria a categoria. Em fevereiro de 2017, após a liberação do aplicativo em Belém, os dois serviços coexistiram em paz e sem maiores desavenças ao longo do ano, até o estopim da grande polêmica no início deste mês. Há quem defenda o táxi e há quem defenda o Uber, mas para os indecisos de plantão, o G1 Estagiário separou as maiores diferenças entre os dois serviços de transporte privado e esclarece as vantagens e desvantagens de cada um pra quem é consumidor.

Conforto

Para ser um motorista Uber, a empresa faz apenas uma exigência: o carro precisa estar devidamente regulamentado e possuir ar-condicionado. É certo de que não há um modelo-padrão de carros a serem utilizados pelos motoristas, o que pode variar para o cliente no quesito conforto, porém  muitos motoristas disponibilizam alguns tira-gostos como balinhas e bombons, carregadores de celular para seus clientes e até wi-fi para os passageiros usufruírem. Sem falar no serviço de Uber Black (ainda não disponível na capital) que cobra um valor um pouco acima da corrida normal, mas que oferece um carro mais luxuoso e suntuoso para aqueles que não se importam de gastar um pouco mais pelo conforto. Para os táxis, não há uma regra que ampare a questão do conforto nos carros, também não há um padrão nos modelos de automóveis, mas alguns motoristas disponibilizam o ar condicionado e também o uso de internet wireless.

Solicitação do serviço

O táxi pode ser solicitado de várias formas. Pode-se acionar a cooperativa mais próxima pelo número de telefone ou contactar um taxista conhecido para solicitar o veículo, é possível sinalizar para algum táxi livre na rua ou até chamá-los através de aplicativos de táxi que são oferecidos nas lojas de aplicativos para smartphones. O Uber, em contrapartida, só pode ser acionado pelo aplicativo, o que exclui alguns usuários em potencial que não dominam o uso de smartphones ou que tem receio de entrar em automóveis de estranhos.

Modo de pagamento

No táxi, temos as formas usuais de pagamento: dinheiro, cartão de crédito ou cartão de débito. É possível também cadastrar o cartão de crédito ou débito na conta do aplicativo de táxi usado para solicitar o automóvel deixando a transação mais prática. No Uber, temos as mesmas formas de pagamentos, porém existem os cartões de desconto que podem ser comprados em algumas lojas de conveniência que facilitam ainda mais a transação. Ao inserir o código do cartão de desconto adquirido, o dinheiro fica na carteira virtual do aplicativo e quando sua corrida é concluída, o valor é subtraído de forma automática.

Preço

O fator mais decisivo para os dois serviços, o custo das corridas. Para o táxi, é feito o uso do taxímetro, um aparelho que contabiliza as corridas levando em consideração a distância rodada e também o tempo em que o carro permanece parado, sem falar na alteração de valor de acordo com a mudança de bandeira. O Uber usa um mecanismo de Preço Dinâmico que funciona da seguinte forma: se há uma demanda muito grande de corridas em certa área e poucos motoristas rodando, as corridas ficam caras, se há pouca demanda de corridas e muitos motoristas nos arredores, a corrida fica mais barata. Para uns esse sistema pode ser um tanto falho já que assim as corridas variam de preço, mas isso faz que mais motoristas se sintam estimulados a usar o serviço e deixar o aplicativo ligado para oferecer sempre corridas para os clientes de determinada área.

Veredito

É bom ficar antenado para as novas formas de locomoção pela cidade integrada às tecnologias. Quem é mais velha guarda, com certeza vai optar pelo serviço que já conhece, mas pode estar perdendo uma forma diferente de usufruir um tipo de serviço. Já os mais novinhos, vão querer optar pela novidade mas podem estar sujeitos a situações que não aconteceria num serviço de táxis que é devidamente credenciado.  No final das contas, quem decide qual o melhor serviço é você, leitor do G1 Estagiário.

por Mateus Matos