Belém e o descaso com automóveis nas ruas


O descaso explícito nas ruas da cidade!



Por: Raul Victor
  A cidade das mangueiras já pode, ironicamente ser reconhecida como Belém, a cidade cemitério automobilístico, devido a quantidade de veículos que se encontram abandonados pelas ruas da cidade.


  O que antes era dever das mangueiras, embelezar as ruas da cidade, hoje tem como percalço essa quantidade absurda de carros que se deterioram dia após dia em cima das calçadas das ruas.
  Outro ponto importante é a acessibilidade que, como já sabemos e vivemos na pele, não é lá aquelas coisas por aqui, com a ajuda desses donos de veículos que abandonam seus bens por aí, apenas piora.
  


  O que mais impressiona é o fato de que esses veículos abandoados serem os carros mais desejados e cobiçados de suas décadas. Um exemplo é o que encontramos na Avenida Padre Eutíquio, dois exemplares do modelo Eclipse, fabricado pela Mitsubishi, ícone dos importados no país e marco na década de 90. O vendedor ambulante Thiago Almeida, de 35 anos, que trabalha próximo ao local diz que, apesar de o veículo parecer estar intacto por fora, dali não sai há décadas.




  Os moradores que residem próximo a esses descartes se sentem apreensivos pois temem o uso dos mesmos por bandidos e traficantes para o armazenamento de drogas e outros temem enchentes, por que, como diz a moradora Nalda do bairro do Aurá, “isso fica aí sendo empurrado cada vez mais para a vala e quando chover um pouquinho mais forte, vai de uma vez e quando a gente ver, já estamos debaixo d’água”. A respeito de uma Kombi que está sem uso desde 2014 ao lado de sua casa.


  A Semob (secretaria de mobilidade urbana de Belém), informa que a forma que se utiliza para constatar que um veículo foi abandonado ou descartado de maneira incorreta pelas ruas da cidade se dá quando algum agente é enviado ao local e esse agente ou equipe, analisa detalhes como vidro quebrado e pneus furados entre outros, mas, tudo isso apenas enquanto o veículo possuir placa, para assim, permitir ao órgão identificar o proprietário, após isso, o proprietário é notificado e tem até 48 horas para efetuar a retirada, e quando o dono da sucata não se interessa, o veículo é guinchado. Caso o veículo já esteja bem degradado e sem placa, é necessário que algum vizinho ou pessoa que more próximo ao descarte, faça a denúncia ao órgão para, só assim, a Semob ter liberdade para fazer a retirada.





  Infelizmente, esse gesto de alguns moradores apenas contribui para o descaso que sofre nossa cidade que fica a mercê de nossos governantes.

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